Eu olho móveis decorativos e os quero. Vejo filhotes de gato e acho bonitos. Desejo atrizes de novela como se elas realmente existissem. Os encantos do mundo já me seduziram, e é por isso que eu não me revolto mais. Agora, a vida começou a ser boa comigo. Os prazeres da carne começaram a ser servidos na minha mesa, e eu já não consigo rejeitar.
Eu hoje vejo o mundo como ele se mostra pra mim, não tento mais ver além disso. Tenho medo do que me tornei, e dos progressos futuros dessa doença chamada contextualização. Eu sempre fui diferente, sempre pensei diferente, e sempre sofri por isso. Mas, sempre me senti especial por ver as coisas diferentemente das outras pessoas. Das pessoas corrompidas.
Meus erros são calculados, meu vício é mentolado, meus acessos e excessos são todos controlados. Minha vida não tem um rumo definido, mas segue sempre pro mesmo lado. Sou um ser humano normal que vê a vida em negativo, quase um cego pro ativo que faz mais que simplesmente pedir esmola. O pão da vida eu como seco, todos os caminhos vividos no fim dão num beco, de onde ninguém sai vivo.
Eu creio no que não entendo, e sigo fazendo o que tenho que fazer. Nada é assim, fácil como é lendo, na hora de acontecer. A realidade, e eu sou viciado nela, é a seqüência de acontecimentos que não te dão tempo pra pensar. Em uma hora, a água ta na canela, e de repente, você tem que nadar.
Sou uma pessoa normal agora, mas não quero mais. Quero voltar a sofrer com as injustiças, com as mentiras coletivas. Quero voltar a ser estranho, a pensar diferente. Quero que a vida volte a parecer não ser feita pra mim. E, que Deus me ajude!
estava com saudade das suas palavras, gostei desse texto em especial, apesar de amar seus textos em geral... Você Deveria praticar o hábito de escrever mais vezes.
ResponderExcluirtd de bom Pedrok!
Bj .